segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
sábado, 20 de dezembro de 2008
Filme
Nunca dormia no cinema. Já bastavam as vezes que acordava e não lembrava o sonho.
Que era como um filme.
Que era como um filme.
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
Frutas cristalizadas 2
No início, você tem paciência de tirar. De uma em uma. Depois, já não aguenta mais nem o bolo.
Frutas cristalizadas
Quando a paixão acaba é como encontrar as frutas cristalizadas num bolo de noiva que você adora.
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
Mingo
se o algodão-doce fosse marrom, champanhe.
se champanhe tivesse gosto de algodão-doce.
se ternura tivesse nome.
se travesseiro tivesse dono.
se champanhe tivesse gosto de algodão-doce.
se ternura tivesse nome.
se travesseiro tivesse dono.
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
;
Ponto-e-virgula não gostou de nascer assim. Nem sendo uma coisa nem outra.
Na verdade, ponto-e-virgula nunca foi compreendido. E o pior era o mal-estar constante que o bichinho sentia quando era
empregado tantas vezes. De forma errada, claro.
Ponto-e-virgula sempre foi aquele que nunca foi ponto nem vírgula. Mas, tá, quer ver uma qualidade do coitado?
É bonito usar ponto-e-virgula. E quem disse?
Ora. ele pode ser bolinha e cobrinha ao mesmo tempo. Ele pode ser final de filme. Daqueles que quando você acha que acabou, vai lá e continua. Ponto-e-virgula também é quase uma história sem fim. Porque é exemplo.
Se um dia eu ganhar um Dálmata ou até uma zabra, prometo que coloco o nome dele ponto-e-virgula. =)
por sinal. a zebra é mais preta do que branca, ou mais branca do que preta?
Na verdade, ponto-e-virgula nunca foi compreendido. E o pior era o mal-estar constante que o bichinho sentia quando era
empregado tantas vezes. De forma errada, claro.
Ponto-e-virgula sempre foi aquele que nunca foi ponto nem vírgula. Mas, tá, quer ver uma qualidade do coitado?
É bonito usar ponto-e-virgula. E quem disse?
Ora. ele pode ser bolinha e cobrinha ao mesmo tempo. Ele pode ser final de filme. Daqueles que quando você acha que acabou, vai lá e continua. Ponto-e-virgula também é quase uma história sem fim. Porque é exemplo.
Se um dia eu ganhar um Dálmata ou até uma zabra, prometo que coloco o nome dele ponto-e-virgula. =)
por sinal. a zebra é mais preta do que branca, ou mais branca do que preta?
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
Companhia
Conheceu ela.
Assim, escrito errado.
A partir daí, nunca foi sozinho.
Primeiro, ele e o medo.
Depois, ele, ela e o mundo.
E ela foi embora?
Ele e a solidão.
Assim, escrito errado.
A partir daí, nunca foi sozinho.
Primeiro, ele e o medo.
Depois, ele, ela e o mundo.
E ela foi embora?
Ele e a solidão.
Pincel
Azul é sapato. Amarelo é meia.
Azul é botão. Amarelo é rosa.
Não a cor, mas a flor.
Amarelo é delicado.
Azul? Depende.
Azul é céu sem nuvem.
Então por que você desenha a nuvem azul
e não amarelo?
Amarelo é elo, mas também é ela.
É amarela. É você sem cor.
Azul é só. Somente.
Só pode ser plural quando é blues.
Azul é poesia. Amarelo é rima.
Amarelo é aquarela. Outra palavrinha bonita.
Amarelo é olhar. Azul é sentimento.
Escondido. Mas só pode ser sombra, se tiver luz.
Azul é você. É sua mania.
De transformar meu mundo em amarelo.
Azul é botão. Amarelo é rosa.
Não a cor, mas a flor.
Amarelo é delicado.
Azul? Depende.
Azul é céu sem nuvem.
Então por que você desenha a nuvem azul
e não amarelo?
Amarelo é elo, mas também é ela.
É amarela. É você sem cor.
Azul é só. Somente.
Só pode ser plural quando é blues.
Azul é poesia. Amarelo é rima.
Amarelo é aquarela. Outra palavrinha bonita.
Amarelo é olhar. Azul é sentimento.
Escondido. Mas só pode ser sombra, se tiver luz.
Azul é você. É sua mania.
De transformar meu mundo em amarelo.
terça-feira, 4 de novembro de 2008
quebra-cabeça
Antes de ir embora, deu a ela um pedacinho do céu. Desde então, toda vez que Maria Júlia vê desenhos nas nuvens, acha que é ele, brincando de quebra-cabeça com ela.
Segredo
Onde você guardou aquele segredo? Espero que não tão bem escondido a ponto de ser esquecido.
Nada
veio do nada.
para se transformar em nada.
irônico é dizer que já sabia.
quando não sabia de nada.
para se transformar em nada.
irônico é dizer que já sabia.
quando não sabia de nada.
Matérias
É preciso muito tempo para sentir distância. E não adianta negar : é física.
Mas se ela se aproxima, esquece. Não adianta negar o que é química.
Mas se ela se aproxima, esquece. Não adianta negar o que é química.
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
Mão
Escolha uma das mãos.
E se eu escolher a vazia?
Eu acompanho a sua solidão.
Então, me dá a sua mão direita inteira.
E se eu escolher a vazia?
Eu acompanho a sua solidão.
Então, me dá a sua mão direita inteira.
Peças
Chegou em casa com a sensação de que alguma coisa estava fora do lugar. Foi aí que percebeu que era a sua vida que não se encaixava mais ali.
Não
Era uma vez um Não. Como qualquer outro. Impossível de errar. A não ser pela preguiça de escrever a cobrinha, ou quando era o sim, com medo de ser não.
Bubulino
Bubulino era um bichinho esquisito. Vivia trancado no topo do armário, como quem vive à espera de uma travessura qualquer. Na verdade, Bubulino não podia se misturar com os outros bichinhos de pelúcia. Ele foi o primeiro presente de namoro do seu dono para sua dona. Para bubulino, esse amor era muito egoísta: ele tinha que ficar em uma sacola plástica para não pegar poeira, no lugar mais alto do armário para não ser visto pelas crianças. E depois de tantos anos de casamento assim, ele não era feliz. Para Bubulino, seu retrato era de um amor que não podia ser vivido pelo medo do inevitável desgaste. Até que uma das crianças achou o bichinho. Não só sujou, como arrancou um dos seus olhinhos. Com medo dos pais, o olho foi posto de forma esquisita no mesmo lugar, com a ajuda de um tipo de cola, não muito cheirosa.Agora sim, ele podia dizer que viveu. Mas para a alegria do bichinho ter fim, sua dona nunca notou que Bubulino estava machucado.
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
sábado, 25 de outubro de 2008
Cores
A você, dei minha cor preferida.
Se você gostar, eu ganho um papel.
Se me devolver, eu ganho o céu.
Se você gostar, eu ganho um papel.
Se me devolver, eu ganho o céu.
Álbum
Colecionava ilusões como quem coleciona figurinhas. Só que não notou que nunca seria completo se boa parte dessas ilusões fossem apenas figurinhas repetidas.
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
terça-feira, 21 de outubro de 2008
Portas
Na hora de optar por um caminho, teve que escolher entre várias portas. Uma vez que escolheu a errada, por que não havia portas de saída?
Caramelo
A palavra mais linda do mundo.
é linda porque rima com amarelo.
só que com a cara de quem ama.
é linda porque rima com amarelo.
só que com a cara de quem ama.
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
Amor
Magoá-lo não fazia dela a pior pessoa do mundo. Fazia só perceber que, agora, era ela a pessoa que mais se peocupava com ele.
Educação
Por favor, vá embora.
Por favor, leve com você o pouco de mim que mostrei.
Leve meu não.
Finja que ele nunca foi sim.
Por favor, não finja mais.
Prometa que só vai brincar quando for sério.
Por favor, leve um sentimento incompleto.
Meu sentimento incompleto, que você deixou.
Por favor, vá para bem longe.
Leve toda a ilusão que quase existiu.
O quase que nunca existiu é o que mais sinto falta.
Você não pode levar.
Por favor, tenha certeza de que não levou um pouco de mim.
Talvez para sua coleção.
Talvez para sua inspiração.
Por favor, deixe que eu dizer que vou embora.
Por favor, leve com você o pouco de mim que mostrei.
Leve meu não.
Finja que ele nunca foi sim.
Por favor, não finja mais.
Prometa que só vai brincar quando for sério.
Por favor, leve um sentimento incompleto.
Meu sentimento incompleto, que você deixou.
Por favor, vá para bem longe.
Leve toda a ilusão que quase existiu.
O quase que nunca existiu é o que mais sinto falta.
Você não pode levar.
Por favor, tenha certeza de que não levou um pouco de mim.
Talvez para sua coleção.
Talvez para sua inspiração.
Por favor, deixe que eu dizer que vou embora.
Cybelle
É uma menina que desenha coisas fofinhas. Engraçado, que ela tem uma amiga que tem vergonha de falar, e por isso, acaba escrevendo bastante.Mas com cybelle é diferente. Ela também é tímida, mas o que ela não fala, desenha. Assim, é até fácil passar mais tempo de cabeça baixa, não é mesmo? E é por isso que o blog, agora tem cara nova. E pra não perder o costume, ou eu digo obrigada bem baixinho pra ela, ou vai um sorriso. Cybelle é especial.
domingo, 19 de outubro de 2008
Amarelo
Porque se eu amo amarelo, eu já não posso amar você.
Porque se eu tenho o amarelo, eu tenho um pedacinho do sol.
Porque se amarelo é sol, ele esconde a nuvem.
Por isso que amo o amarelo. Ele esconde o azul.
Mas eu quero esconder o amarelo. E agora?
Aí você me dá a noite.
Porque se eu tenho o amarelo, eu tenho um pedacinho do sol.
Porque se amarelo é sol, ele esconde a nuvem.
Por isso que amo o amarelo. Ele esconde o azul.
Mas eu quero esconder o amarelo. E agora?
Aí você me dá a noite.
Domingo
Domingo de tarde é travesseiro no chão.
Domingo de tarde é medo da noite que vai chegar.
É lembrança, misturada com sonho.
Não sonho bom, mas sonho de quem não consegue "parar de dormir".
Domingo de tarde é saudade.
Domingo de tarde é só um detalhe.
Pode até ser só um pretexto pra nem sair da cama.
Domingo de tarde é lembrança do sábado. Ou às vezes da sexta.
Domingo de tarde é imediato.
Claro, ele não quer pensar no amanhã.
Domingo de tarde pode ser poesia.
Domingo de tarde é medo de você ir embora.
Já que quando você foi, automaticamente, meu dia virou segunda-feira.
Domingo de tarde é uma cama.
Domingo de tarde é medo da noite que vai chegar.
É lembrança, misturada com sonho.
Não sonho bom, mas sonho de quem não consegue "parar de dormir".
Domingo de tarde é saudade.
Domingo de tarde é só um detalhe.
Pode até ser só um pretexto pra nem sair da cama.
Domingo de tarde é lembrança do sábado. Ou às vezes da sexta.
Domingo de tarde é imediato.
Claro, ele não quer pensar no amanhã.
Domingo de tarde pode ser poesia.
Domingo de tarde é medo de você ir embora.
Já que quando você foi, automaticamente, meu dia virou segunda-feira.
Domingo de tarde é uma cama.
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
Desafeto
Se eu te trago um motivo
você não aceita presente.
Se eu digo que posso provar,
você mostra que sou contradição.
Se sou contradição,
você é certeza.
Se sou meia-noite,
você é meio-dia.
Se sou relógio,
você é tempo que não passa,
Se eu brinco de brincar com o tempo,
você fica sério.
Se meu riso passa a ser seu,
você me faz chorar,
Se eu quero ficar,
você vai embora.
Se eu acho que já te conheço,
você muda em um instante.
E se eu desisto?
você me beija.
você não aceita presente.
Se eu digo que posso provar,
você mostra que sou contradição.
Se sou contradição,
você é certeza.
Se sou meia-noite,
você é meio-dia.
Se sou relógio,
você é tempo que não passa,
Se eu brinco de brincar com o tempo,
você fica sério.
Se meu riso passa a ser seu,
você me faz chorar,
Se eu quero ficar,
você vai embora.
Se eu acho que já te conheço,
você muda em um instante.
E se eu desisto?
você me beija.
Adeus
Não é que eu queira machucar você. É que tchau é superficial demais.
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Não existe nada mais sincero do que adeus. Tchau é ilusão. Finge ser volto logo, sem voltar.
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Não existe nada mais sincero do que adeus. Tchau é ilusão. Finge ser volto logo, sem voltar.
Toalha
De todas as cores. De todos os nomes. Sem nomes. Das várias etiquetas. Pendurada. Jogada. Como você pode se esquecer dela?
Carnaval
Porque quando ele vai, vem a tristeza.
Porque quando ele vem, a alegria tem ritmo.
Quando acho que dessa vez não vai ter clima,
eu desço ladeira abaixo sem nem perceber.
Quando ele volta, qualquer lugar deixa de ser qualquer lugar para ser uma lembrança.
As ruas ganham até nome de qualquer sentimento.
É por isso que inventaram a saudade, não a rua.
Porque ele, na vida, só pode ser assim.
Vai e volta. Como o Carnaval.
Porque quando ele vem, a alegria tem ritmo.
Quando acho que dessa vez não vai ter clima,
eu desço ladeira abaixo sem nem perceber.
Quando ele volta, qualquer lugar deixa de ser qualquer lugar para ser uma lembrança.
As ruas ganham até nome de qualquer sentimento.
É por isso que inventaram a saudade, não a rua.
Porque ele, na vida, só pode ser assim.
Vai e volta. Como o Carnaval.
Arte
Escreveu uma carta e jogou no lixo. Escreveu uma carta e jogou no lixo. No lixo. No lixo. No lixo. De repente, aquela lixeira cinza, quase fixa no chão, transbordando de bolas de papel, virou um objeto de arte. E claro, só ele poderia entender.
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
Tristeza
Só conseguia repetir a mesma pergunta. E se você for embora, quem estará aqui para dividir tanta tristeza comigo?
Abraço
Toda vez que soltava seu abraço para ir embora, sentia como se estivesse suspenso no ar. Mal sabia ele que ali estava o problema. Com o risco de cair no chão, já longe dos seus braços, quem ia poder segurá-lo?
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
Linhas
O vazio de cada linha daquele caderno era exatamente o que sentia. Parece que a inspiração não foi embora de sua vida sozinha.
--
Em rápidas linhas, eu posso dizer o que aconteceu. Eu, você. Aquele momento. Um espaço imenso depois da gente. Uma frase incompleta, uma linha que não se completou. Diante do silêncio, é melhor pular para a próxima linha.
--
Em rápidas linhas, eu posso dizer o que aconteceu. Eu, você. Aquele momento. Um espaço imenso depois da gente. Uma frase incompleta, uma linha que não se completou. Diante do silêncio, é melhor pular para a próxima linha.
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
Acordo
A saudade fez um acordo com o tempo. E eu fiz um acordo com os dois. Ou eu mato o tempo, ou mato a saudade.
Palavras
você me faz pensar poesia pra trocar palavras.
me faz dizer palavras pra tocar a alma.
aí eu me dou conta que não estou tocando você.
estou apenas bem pertinho da porta, ouvindo os seus passos,
treinando mil palavras, só para gaguejar e admitir o óbvio.
não, eu não faço poesia para alguém que me deixou assm.
sem palavras.
prefiro me render.
que seja a seu abraço.
me faz dizer palavras pra tocar a alma.
aí eu me dou conta que não estou tocando você.
estou apenas bem pertinho da porta, ouvindo os seus passos,
treinando mil palavras, só para gaguejar e admitir o óbvio.
não, eu não faço poesia para alguém que me deixou assm.
sem palavras.
prefiro me render.
que seja a seu abraço.
Lembranças
as lembranças me levavam pra um lugar seguro.
e ontem, cheguei até lá.
pela primeira vez, tive medo.
como um lugar pode ser seguro se não existe mais você?
e ontem, cheguei até lá.
pela primeira vez, tive medo.
como um lugar pode ser seguro se não existe mais você?
terça-feira, 23 de setembro de 2008
Relógio
No dia dos Namorados, ganhou um relógio, e logo depois, viu o amor acabar. Irônico, mas parou de sentir que com ele, o tempo parava.
Escuro
Deitado no escuro podia enxergar bem melhor. Os pensamentos que já não eram tão confusos. A solidão que já estava acompanhada do sono. E o medo, que parecia bem mais perceptível. Resolveu acender a luz.
Aspas
Desde que conversara com ela pela primeira vez, aquela voz doce não saia de sua cabeça. Aspas se instalaram em seus pensamentos.
---
Se falar em sentimentos sem sinceridade, por favor, ao menos, abra aspas antes de começar.
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Se falar em sentimentos sem sinceridade, por favor, ao menos, abra aspas antes de começar.
Bom dia
Pela manhã, acordava com qualquer barulho que não fosse o despertador. Até que um dia, sua manhã foi recepcionada por um beijo. Vencida pelo péssimo humor matinal descobriu: não, não era amor.
segunda-feira, 22 de setembro de 2008
Licença
Você já nem precisa mais pedir para entrar. Não precisa mais bater à porta, e só peça licença se for para quebrar o gelo, ou dar um motivo ao silêncio. Porque foi exatamente assim que você chegou na minha vida. E por favor, se for embora, tenha cuidado para não deixar nada fora do lugar. Não esqueça nada seu. A não ser o motivo para voltar.
Marcador
A partir de hoje, vou mudar todas as lembranças. Vou encontrar uma maneira de não mais encontrar você. Para isso, vou jogar fora aquele marcador de livro, que sempre entrega em qual trecho ficou uma parte da nossa história.
Pipa
Toda vez que você for embora, eu não vou mais ficar triste. Vou fingir que é aquela pipa que tive que soltar pelo céu. E que bonita pode ser a despedida.
quarta-feira, 17 de setembro de 2008
Céu
Eu pedi flores e ganhei uma caixa de lápis coloridos. Agora, toda vez que te der um abraço, posso desenhar as flores que quiser, e pintar com as cores que mais me lembrem você. Hoje, escolhi o azul. O seu abraço me levou pro céu.
Borboletas
Depois que se apaixonou, sentia borboletas no estômago a toda hora. E era por isso que perdia a fome.
sexta-feira, 12 de setembro de 2008
Solidão
Tome essa caixinha de música que você nunca mais vai sentir-se só. Quando ela abriu, uma surpresa. Havia uma bailarina dentro da caixinha. Como pode? Acho que me ensinaram errado. Neste momento, o que mais podia definir como solidão, era justamente o contrário: uma bailarina rodando em uma caixinha de música. É isso que estava sentindo dentro do coração.
--
Às vezes, sentia vontade de se esconder dentro de si mesmo. Introspecção? Talvez.
Tinha explicação melhor, já que ao menos assim, lá dentro do coração, poderia fazer companhia a si mesmo.
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Às vezes, sentia vontade de se esconder dentro de si mesmo. Introspecção? Talvez.
Tinha explicação melhor, já que ao menos assim, lá dentro do coração, poderia fazer companhia a si mesmo.
sexta-feira, 5 de setembro de 2008
Números
"1,2,3,4,5,6,7..." E lá estava Joãzinho sempre contando baixinho. Por outro lado, sua mãe não conseguia entender como um menino que adorava contar podia ser tão ruim em Matemática. Outro dia, até reclamação da professora ela escutou: "Nas aulas, parece até que Joãozinho vive no mundo da lua". Quase acerta. O menino era péssimo em matemática, mas adorava contar as estrelas.
Um post meloso
“Eu te adoro” não pede nada em troca. “Eu te amo” é uma promessa, que mais cedo ou mais tarde, pode partir seu coração. “Eu te adoro” é Domingo às 16h da tarde, com filme e brigadeiro. “Eu te adoro” é um beijo na mão, um cheiro na testa e uma brincadeira sem graça só para fazer você sorrir. “Eu te adoro” é filhote de cachorro. “Eu te adoro” é quando você, por algum motivo, não pode dizer “eu te amo”. Mas sente. E isso não pode ser da boca pra fora. “Eu te adoro” é ternura. É não ter nem vontade de colocar ponto final nesse texto. Porque “Eu te adoro” é reticências...
Mudança
Celalândia pode ser um lugar cheio de poeira. Isso se não aparecer ninguém para fazer a primeira faxina. Mas Celalândia, certamente, vai ter cheiro de pitanga. E pode ter certeza: você vai abrir a porta e vai morrer de vontade de comer brigadeiro de bolinha colorida. É assim que funciona. Esse é o segredo para se sentir em casa. Ah. A única moradora dessa terra jura que lá tem assombração de madrugada. Mas tudo bem, nada que os guardas cobertores não resolvam em alguns meses. Nunca, jamais, leve um filme de terror para assistir nessa terra. A não ser que você se comprometa a assegurar a paz dos moradores. Ou seja, deixe seu celular ligado quando for embora. Na Celalândia, acontecem alguns milagres. Como por exemplo, você nunca vai se deparar com uma barata. Ufa. Parece que no processo de seleção natural, elas perderam feio para os ácaros. Pudera. São mais de 30 bichinhos de pelúcias, das mais variadas espécies. E se por acaso, você tropeçar em um deles e acabar chutando, cuidado. Você acabou de ameaçar a moradora gigante dessa terra. (bom, eu garanto que ela não faz mal nem a uma formiga).
terça-feira, 2 de setembro de 2008
Um menos um.
Antes dela, existia um hiato na vida dele. Depois que ela foi embora, passou a existir uma lacuna.
Recorde
Maria Júlia tinha sete anos e passava horas pulando, apontando um palito para o céu. Ninguém entendia aquela menina. Até que um dia, ela acabou contando seu plano mirabolante. Estava tentando fazer o maior algodão-doce do mundo.
Epitáfio
Morreu com contas a pagar. Aliás, John Fleming já não agüentava mais contas. Aqueles números pequenos eram demais para seu coração. Quem já viu existir coração racional pra agüentar tanta matemática? E agora, finalmente, tinha uma eternidade para se divertir, colocando em prática o tal desapego. Mas como último ato de desespero – diz-se que antes de “seguir a luz” a pessoa fica um pouco presa a seu mundo – John resolveu visitar a sua lápide. Afinal, não queria ser mais uma alma penada brincando de ler epitáfio para diminuir a espera no purgatório (é, parecia um consultório de dentista). Resolveu logo o dilema e encarou duas coroas de flores e o seguinte texto “John Fleming – 1878 a 1947". E mais nada. Só isso. John sentiu um calafrio na alma (ih) e resolveu esquecer aquele momento. Como pode? Fazer contas até depois da morte? Tinha esquecido a sua idade.
Aquário
Essa é a história do peixinho mais dourado do aquário. Para Johnny, não há muito parâmetro de comparação. Ele apenas tenta ver a sua cor no vidro do aquário. E claro, como ela chega a refletir nos seus olhos, daí a sua conclusão: não há peixinho mais dourado do que eu. O que torna a vida de Johnny mais interessante é que ele foi comprado por 5 reais, obtidos com tamanho esforço. Maria Júlia, uma menininha de 5 anos, implorou para sua mãe pelo peixinho. Johnny só tinha mesmo é que amar essa menina. Não é todo dia que um peixinho vale mais do que um saco de jujuba ou dois chocolates. E hoje, na convenção dos peixinhos , Johnny fez uma revelação maravilhosa a seus companheiros: sabia que quando a gente pula do aquário vira um desenho animado? Opa. Ainda bem que a mãe da menininha teve a brilhante idéia de comprar um aquário bem fundo.
sexta-feira, 29 de agosto de 2008
Procura-se
Procura-se um mundo com mais praças, mais bancos e menos jornais.
Procura-se um mundo onde pessoas "lêem" albuns de figurinha no banco da praça.
Procura-se esse mundo, onde os seres de outro mundo são Ets de pelúcia.
Procura-se um mundo onde, pelo menos 3 vezes durante a vida, você pode voltar ao tempo.
Procura-se esse mundo onde nenhuma pessoa vai embora. E no dia que ela for, não se preocupe: amanhã ela vai estar exatamente no mesmo lugar onde você a deixou.
Nesse mundo, abraçar significa realmente estar perto.
Procura-se um mundo onde você não idealiza pessoas. Só o mundo.
Procura-se tristeza, porque você provavelmente não vai encontrar esse mundo.
Procura-se um mundo onde pessoas "lêem" albuns de figurinha no banco da praça.
Procura-se esse mundo, onde os seres de outro mundo são Ets de pelúcia.
Procura-se um mundo onde, pelo menos 3 vezes durante a vida, você pode voltar ao tempo.
Procura-se esse mundo onde nenhuma pessoa vai embora. E no dia que ela for, não se preocupe: amanhã ela vai estar exatamente no mesmo lugar onde você a deixou.
Nesse mundo, abraçar significa realmente estar perto.
Procura-se um mundo onde você não idealiza pessoas. Só o mundo.
Procura-se tristeza, porque você provavelmente não vai encontrar esse mundo.
Espelhos
Cansou de viver escondida. Cansou da vaidade e tomou uma decisão. Quebrar todos os espelhos da casa. A partir dali, começaram alguns anos de azar: ninguém mais olhou pra ela.
Não contém glúten.
Sábado. 17h. Chama-se por alguns, a hora do quase rush na padaria. Sim, parece que as pessoas estão enlouquecidas, correndo com ansiedade atrás do pão ou do leite mais quentinho. Um momento que, para quem está de fora, parece mais um leilão.
Mas aquele dia foi um pouco atípico. A moça com o olhar triste, que sempre deixava o seu cachorro do lado de fora – para ganhar a simpatia das pessoas e ela não precisar disso – estava solitária na estante dos pães de saquinho especiais. Já passava minutos ali, parada, só pensando na sua difícil escolha. Depois do canal de televisão, esse parecia ser o momento de mais dúvida para ela. Foi aí que um cara não muito simpático se aproximou. Ela já esperava algum tipo de elogio para seu cachorro. Claro, esse era o meio de comunicação mais eficaz quando ela tinha coragem de sair de casa. Mas não. Ele não queria exatamente isso. Ele pegou, educadamente, um saquinho de pão para ela. Foi quando ela tremeu e ouviu a voz mais bonita do mundo: Não contém glúten. A partir desse dia, não só a sua vida mudou. A dieta ficou, digamos, bem diferente. Ela nem sabia águas por que o tal glúten era tão importante para sua vida. Mas algumas coisas não se explicam, não é mesmo?
Mas aquele dia foi um pouco atípico. A moça com o olhar triste, que sempre deixava o seu cachorro do lado de fora – para ganhar a simpatia das pessoas e ela não precisar disso – estava solitária na estante dos pães de saquinho especiais. Já passava minutos ali, parada, só pensando na sua difícil escolha. Depois do canal de televisão, esse parecia ser o momento de mais dúvida para ela. Foi aí que um cara não muito simpático se aproximou. Ela já esperava algum tipo de elogio para seu cachorro. Claro, esse era o meio de comunicação mais eficaz quando ela tinha coragem de sair de casa. Mas não. Ele não queria exatamente isso. Ele pegou, educadamente, um saquinho de pão para ela. Foi quando ela tremeu e ouviu a voz mais bonita do mundo: Não contém glúten. A partir desse dia, não só a sua vida mudou. A dieta ficou, digamos, bem diferente. Ela nem sabia águas por que o tal glúten era tão importante para sua vida. Mas algumas coisas não se explicam, não é mesmo?
segunda-feira, 25 de agosto de 2008
Metalinguagem
Sonhou que estava sonhando. Nesse sonho, ela, finalmente, conseguia dizer a ele tudo o que nunca teve coragem. Disse e ainda teve a chance de se arrepender. Afinal, se sonhou que estava sonhando, também sonhou que acordara. Que alívio sonhar que tinha acordado e não ter dito nada daquilo. Agora, era só torcer para o despertador não tocar.
Lista de presentes
Carlos Antônio, o amassador de vegetais fica comigo.
Todo seu. Mas não esqueça que o aquecedor é meu.
O quê? Jamais. Acho melhor a gente fazer uma lista para resolver isso.
Será que esses sites de lista de casamento já fazem lista de divórcio também, Carlos Antônio?
Digita aí...
Todo seu. Mas não esqueça que o aquecedor é meu.
O quê? Jamais. Acho melhor a gente fazer uma lista para resolver isso.
Será que esses sites de lista de casamento já fazem lista de divórcio também, Carlos Antônio?
Digita aí...
quarta-feira, 20 de agosto de 2008
Amarelinha
Amarelinha sempre lembrava o primeiro amor.Toda vez que ele conseguia vê-la, ficava dando voltas pelo céu. Aí, ela ia embora, e ele pensava: " será que fui bobo demais na frente dela?" Então se dava conta que estava pulando de um pé só. É, fui bobo.
Rostos
Fazia anos que ele não a via. Tanto que já enxergava o sorriso dela em outros rostos. Vários. O tempo passou de uma forma, que ele começou a se confundir. Ou até se enganar. Um dia, quando a viu,ela acabou passando despercebida. Seus sentimentos não tinham mudado. Mas ele não acreditou. Já confundiu tanto, que descartou qualquer possibilidade: esse só pode ser mais um rosto que eu inventei.
Desenhos
Ela sonhava com o dia em que seus pensamentos se transformariam em desenhos. Provavelmente, eles não seriam tão coloridos. Ela acreditava mais na delicadeza dos traços do que na força das cores. Pensar assim era simples. Até porque, quem precisa de muitas cores para desenhar corações?
Olimpíada
Adormeceu no sofá. Entre pensamentos confusos, não entendia se sonhava com astronautas, ou com apicultores. Foi aí que a TV, programada para desligar, apagou. Uma pena. Ele não ia saber como ia terminar aquela animada semifinal de esgrima na Olimpíada.
Jujuba
Para Ana Luíza, jujuba tinha gosto de primeiro amor. Não só pela sensação quase óbvia de ser doce. Era algo mais. Eram várias, coloridas, que passavam despercebidas. Mas como qualquer outro amor, ela também tinha uma jujuba preferida. Aquela que ela nunca esquecia. Sonhava que o primeiro beijo pudesse ter aquele gosto, dessa tal jujuba vermelha. Mas sem querer, ela comprou um pacote e deixou a única daquela cor cair no chão. Eis a sua primeira decepção.
Gaveta
Chamo a gaveta de limbo. É lá que coloco as coisas que não me fazem faltar, mas que também, não consigo jogar fora.
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Parecia uma criança. Toda vez que ela retornava às suas lembranças, ele arrumava um jeito de desenhar uma gaveta imaginária. Não exatamente no seu coração, era melhor que ficasse bem longe dele, mas exatamente naquele lugarzinho, bem perto da sua cama, mais precisamente do seu travesseiro. Afinal, era naquele momento, que todos os seus pensamentos reais se confrontavam. Não mais se escondiam nas horas extras forçadas para matar o tempo, nem na cerveja com os amigos para fingir que era feliz. Só o travesseiro conhecia aquela realidade. Não tanto fantástica quanto a sua gaveta imaginária.
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Parecia uma criança. Toda vez que ela retornava às suas lembranças, ele arrumava um jeito de desenhar uma gaveta imaginária. Não exatamente no seu coração, era melhor que ficasse bem longe dele, mas exatamente naquele lugarzinho, bem perto da sua cama, mais precisamente do seu travesseiro. Afinal, era naquele momento, que todos os seus pensamentos reais se confrontavam. Não mais se escondiam nas horas extras forçadas para matar o tempo, nem na cerveja com os amigos para fingir que era feliz. Só o travesseiro conhecia aquela realidade. Não tanto fantástica quanto a sua gaveta imaginária.
Telefone
Batia o telefone com uma raiva imensa, como se pudesse descontar do outro lado. Depois de alguns meses e dois telefones quebrados, já precisando comprar um novo, ela se deu conta, que desse jeito, ainda estava pagando pelos erros dele.
Cabelo
Toda vez que terminava um namoro, ou ficava com o coração partido, pensava em uma nova cor de cabelo. Coisa de adolescente. O que é uma contradição, já que adolescente mesmo, ela era quando estava apaixonada.
segunda-feira, 18 de agosto de 2008
Tylenol
Costumo medir o meu estresse pelas caixas de Tylenol que compro. Só compro muito por dois motivos, ou é porque ando com muita dor de cabeça, ou é porque não tenho cabeça pra nada: perdi.
Gaveta
Um dia ele disse que estava apaixonado por ela e, por isso, foi romântico como nunca havia sido. Ela pegou esse contrato e guardou na gaveta.
quinta-feira, 14 de agosto de 2008
Casamento
Para um casamento dar certo, é melhor que, antes, você tenha uma cama de solteiro. Pelo menos, você vai achar que está ganhando.
Dicionário
Medo é quando, naquele momento, você quer um cobertor para se proteger.
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Distância é quando a gente não tem uma régua de tamanho suficiente para medir o caminho entre duas pessoas.
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Paixão é quando a mão treme, o coração bate mais forte e, por causa disso, você acha que não pode pensar.
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Morrer é quando a gente vai embora e esquece de se despedir de nós mesmos.
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Distância é quando a gente não tem uma régua de tamanho suficiente para medir o caminho entre duas pessoas.
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Paixão é quando a mão treme, o coração bate mais forte e, por causa disso, você acha que não pode pensar.
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Morrer é quando a gente vai embora e esquece de se despedir de nós mesmos.
Nomes
Quando você tem raiva de uma pessoa, começa a detestar suas manias. Aí você se sente bem quando passa. Só que um dia se dá conta que detesta o nome dela.
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O que você acha de Bruno para nosso filho?
O nome do seu ex-namorado?
E Marcelo?
O quê? Aquele cara que me passou a perna?
Querido, nome é nome.
Então, vamos colocar Pedro Henrique Junior.
Para ele ser preguiçoso igual a você?
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O que você acha de Bruno para nosso filho?
O nome do seu ex-namorado?
E Marcelo?
O quê? Aquele cara que me passou a perna?
Querido, nome é nome.
Então, vamos colocar Pedro Henrique Junior.
Para ele ser preguiçoso igual a você?
Sono
Quem tem insônia sabe muito bem o valor do tempo. É por isso que eu nunca conserto aquele relógio que fica no criado-mudo.
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Toda vez que desligo o despertador de manhã, acabo derrubando o porta-retrato do criado-mudo. Deve ser o tempo pra dizer que aquele momento já passou.
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Toda vez que desligo o despertador de manhã, acabo derrubando o porta-retrato do criado-mudo. Deve ser o tempo pra dizer que aquele momento já passou.
O dia em que o amor fugiu da paixão.
A ventania cessou. A mesa continuou desarrumada. A porta bateu. Ela se arrumou. Esperou por ele a noite inteira, para não dizer, uma vida.Colocou a sua melhor roupa de dormir. Desfez o seu cabelo com uma ousadia que, há muito, ele não sentia. Ele chegou cansado e beijou-a na testa.
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Sentiu um aperto no coração, um frio na barriga e um desejo intenso. Tomou um Prozac, acendeu um cigarro e ligou a televisão para não ouvir seus próprios pensamentos.
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Quem ama sempre está perdendo alguma coisa. Se não for a metade da cama, é a paixão que acabou ficando no meio do caminho.
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Sentiu um aperto no coração, um frio na barriga e um desejo intenso. Tomou um Prozac, acendeu um cigarro e ligou a televisão para não ouvir seus próprios pensamentos.
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Quem ama sempre está perdendo alguma coisa. Se não for a metade da cama, é a paixão que acabou ficando no meio do caminho.
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