Tinha um brilho diferente nos olhos de Carola.
Ela chegou a supor que poderia ser a lua.
A lua tem dessas coisas. Vez por outra, tem mais estrelas a seu redor do que o normal.
E isso não poderia ser à toa.
Porque foi exatamente nessa época que olhar de Carola tinha mais estrelas ao redor.
Coisa de menina romântica que ainda faz da lua, um filme na noite de sábado. Olhar a lua faz bem à alma, já dizia a menina.
E amar faz bem aos olhos. Como assim?
Começou a dizer que o amor é cego desde que foi ofuscada por um brilho intenso. E esse brilho, nem as estrelas podia roubar.
Nem as estrelas podiam roubar o tal menino de Carola.
O céu, talvez, tenha alguma permissão.
Mas só porque era lá que ela vivia desde que foi ofuscada. O amor não é cego. O amor cega.
E sem ver ela poderia sentir. ( talvez nesse momento, a lua tenha se escondido por trás das nuvens)
Muito mais. E de verdade.
Um comentário:
Estaremos voltando, um dia, com a programação usual :)
E gostei muito do texto! Vou ficar atento a isso ;)
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