quarta-feira, 12 de outubro de 2011

é preciso ser criança para virar mãe.

(15 semanas e 3 dias)

porque aquela historinha que vou te contar mil vezes sempre vai ter um final feliz.

e na sua pequena cabecinha, só existe final feliz.

e na minha, agora, também.

porque só você foi capaz de me convencer que existem milagres.

afinal, como o mundo pode ser tão cor-de-rosa como você pensa, se o céu hoje resolveu ser cinza?

ai você vai querer um cavalo de presente, mas vai ter que se contentar com um carrossel.

e o melhor de tudo é que vai achar que está ganhando: afinal, um carrossel tem muito mais cavalos do que eu poderia te dar.

e você vai me convencer , novamente, de que realmente existem anjos. São eles que permitem que passarinhos machucados ou borboletas debilitadas possam voltar a voar.

são eles que estão segurando as asas de cada um desses bichinhos, até que eles voltem a ter segurança.

é como machucar alguém: para conquistar a confiança de novo, você segura a mão dessa pessoa por muito tempo.

em outras palavras: até que a asa - coração- machucado possa permitir um novo vôo.

claro que o anjo é mais discreto. ninguém está vendo ele voando.

o mesmo não acontece com as pessoas.

mas o que não sabemos é que quando duas pessoas dão as mãos para tentar caminhar juntas novamente - mesmo depois de tanta dor- existe uma força invisível que assim como o anjo é capaz de mover o céu.

o nome disso é amor.

e para amar, não é preciso muito. só um pouco de dedicação.

e quando existe amor, todos os caminhos se abrem.

é como se o céu estivesse no chão. e mesmo que o caminho seja árduo, a gente ganha sapatos de algodão que cabem exatamente nos nossos pés.


e os caminhos não significam escolhas. e sim, possibilidades. ou quando você escolhe um sorvete de flocos, acha que perdeu o de chocolate?

Na verdade, a gente só deixa outra parte da felicidade para depois.

E para a felicidade, depois nunca é tarde.

Porque, por mais que o dia amanheça triste várias vezes, e por mais que o céu cinza te deixe sem esperança, pode ter certeza de que quando a felicidade chegar,

a gente vai ver e sentir que o tempo não era nada.

era só um caminho obrigatório, que não aceitaria nenhum tipo de atalho.

enfim. vamos chegar lá e virar crianças novamente.

não vai ser tarde para dar as mãos.

vai ser a hora exata que a esperança marcou para nos fazer acreditar em anjos, felicidade e no amor mais puro que possa existir.

ele vai estar em nossos braços.

(de criança, virei mãe. e de mãe, voltei a ser criança)

2 comentários:

L.Thayane disse...

aaah, é tão lindo o carinho que você já tem pelo bebê, e como escreve para, e por ele. *-*
falando em escrever, você escreve muito bem, tenho prazer de ler cada linha daqui, muito bom mesmo.

Andressa disse...

Lindo! :)