quinta-feira, 11 de julho de 2013

Sobre Tico.


É luz na janela. É saudade que ainda não aprendi a pronunciar. É carinho de madrugada, é colinho. E um monte de palavra no diminutivo.

Mas que em nada diminuem esse meu grande amor por você.

Sobre tempestade


Não vai ser errado te odiar. Errado seria se eu nunca tivesse gostado de você.

Sobre despedidas.


É triste pensar na despedida quando ainda não tenho nenhum motivo para ter que esquecer você.

Sobre caminhos.


Não sei o que me levou até você. Mas ainda não achei nenhum motivo para voltar.

Ou você quer me mostrar o caminho?

Devolva.


Pra você, o meu melhor. E se isso virar tristeza, vou te cobrar em música, em rima ou até poesia.
Vou te cobrar toda a saudade de volta.

Já não era uma vez.


Já não era amor quando eu perdi a hora, ou quando você foi embora sem hora de voltar. Já não era amor quando eu acordei e você tinha levado tudo. Até a saudade.

Sobre motivos


Não foi por teu sorriso. Foi somente pelo motivo que me fez sorrir.

Da alma


Já não é saudade que se sente quando é a alma que tá dormente.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

A música acabou

Por muito menos, eu te faria uma música. Não pra dançar, porque você não parece ter o mínimo jeito pra isso. Não que eu tenha. Mas se essa música tocasse eu te chamaria pra dançar, só na tentativa de te colocar tão perto de mim quanto se a gente tivesse tamanha desenvoltura pra isso. Na verdade, essa é a graça. O pretexto pra ter você tão de perto que nem sequer daria pra te olhar direito. Em cada passo, a gente nem conseguiria andar pelo chão. Mas a gente pode tentar ensaiar uma música que você goste. Que com certeza não vai ser melhor que a aquela que quase te escrevo. Está na minha cabeça. Cada letra, ritmo, melodia. É meio fora de ritmo, tem uma parte que parece um samba. E que clichê é falar de samba quando quero te dizer qualquer rima triste só para não te esquecer. Invento um passo esquisito  e você sorri como se já soubesse que aquele seria o meu jeito de te provocar. Você para um pouco, como quem quer ir embora. Não pra me deixar, mas pra aquele momento ser só nosso. Eu digo que essa música é nossa, mas nesse momento faz silêncio. Você como sempre não me entende. Mas eu vou embora e levo a saudade. Não levo você comigo. Não do jeito que queria. Mas te levo, assim, de repente, no meio da noite, como um pensamento que tenta virar letra. Será que vai sair aquele samba?
Que seja qualquer coisa de triste. E que seja qualquer coisa pra te trazer de volta. Assim, pro meu abraço, dançando até bem depois da música acabar.