segunda-feira, 2 de maio de 2011

Desesperança.

ou

Registro de uma manhã fria.




São 11:00h. E o mundo ainda não amanheceu.
Como assim? Ninguém explicaria isso.
Mas ainda é noite. E o que é pior: noite de Domingo.
Essas frentes frias sempre trazem surpresas. Frio na alma e coração nublado são as mais visíveis dela.
Há esperança pro futuro? Talvez.
O perigo é só o coração se acostumar com a fofura das nuvens. Não é exagero.
Mas tem tristeza que tem preguiça de virar alegria.
Sabe aquele dia que amanhece friozinho, e por isso, te dá o direito de tomar um balde de chocolate quente?
É esse o atrativo da tristeza. Ela chega e não vem sozinha. Traz cobertor, carinho, escuro, e um monte de jujuba colorida que tenta te persuadir a não sair do seu cantinho.
O nome desse cantinho é bolha. De vez em quando, vem algum incoveniente querendo estourar a bolha, brincando logo de quê? Bolhinha de sabão.
Ainda bem que essa super bolha tem 5 camadas de proteção e nenhuma delas se chama sorriso.

E a desesperança continua insistindo que hoje não amanhece de jeito nenhum.
Não é hoje que vou ver um céu azul. Não é hoje que o coração vai ficar leve.
E pra quê coração leve? Vai voar?
Até poderia. Mas só se fosse pra um lugar longe. O que acha de um lugar onde já amanheceu?
Tem até passarinho cantando e um coracão com poucas nuvens.
Talvez. Mas acho que hoje eu levaria chuva pra esse lugar.
E lá vem a tristeza de novo. Dessa vez ela trouxe um guarda-chuva. Colorido que nem jujuba.


Cheio de desesperança.

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