segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Qualquer ritmo.

Não era uma dança qualquer. Ela flutuava como há muito tempo não fazia qualquer outra coisa sem explicação. E nesse ritmo, esquecia a própria música. Saberia que aquele momento virava lembrança, como se pudesse ser fotografada no exato momento em que seu coração bateu mais forte. Só o silêncio. Era isso que ouvia. Sua solidão se calava pra ouvir aquela música. Não pensava em nada. O medo tinha se tornado tão pequeno, que se tentasse dar qualquer passo à frente, entraria na mesma dança. Desengonçado, preferiu nem arriscar. Talvez fosse amor. Talvez fosse só uma dança. Talvez não pensasse no que viria a ser depois. Não podia ter ritmo, mas fazia o tempo parar. Pena que a música acabou.

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